Menu

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A importância do Batismo nas Águas


Introdução

Uma das palavras mais conhecidas no cristianismo é a palavra batismo. Geralmente ao pronunciá-la nós imaginamos logo o batismo nas águas. Porém, fato é que Jesus também nos ensinou sobre o batismo no Espírito Santo (lição que trataremos mais tarde). Há, contudo, um outro tipo de batismo não tão frisado como esses, mas ainda assim de suma importância para que possamos entendê-lo. Trata-se do batismo no corpo de Cristo. Visando nosso aperfeiçoamento espiritual, bem como a compreensão clara da relevância do conhecimento das verdades bíblicas, trataremos de dois tipos de batismo:batismo no corpo e batismo nas águas.

O que o batismo não faz

Enquanto alguns ignoram a importância do batismo nas águas, outros supervalorizam este momento. O catolicismo deixou como herança o conceito de que a água batismal transfere graça divina, tanto que batizam crianças para que "não morram pagãs", segundo ensinam. Esta doutrina, perigosa, é aquela que prega a "regeneração batismal", ou seja, que o batismo nas águas participa da salvação do homem, purificando-o de seus pecados. É bom nunca esquecer que a salvação é a conseqüência de arrependimento de pecados daqueles que depositam sua fé em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador.

O batismo no corpo de Cristo

O batismo no corpo de Cristo, ou batismo da salvação, é o batismo simbolizado no batismo nas águas. Vejamos:
"Quem crer e for batizado será salvo, quem, porém não crer será condenado" (Mc 16:16).
À primeira vista este texto parece nos dizer que realmente o batismo é essencial à salvação do homem, algo que juntamente com a fé o purifica. Sendo assim, de fato faz sentido ter o batismo valor sacramental na salvação do homem. Contudo, ao pensarmos dessa maneira estaríamos negando tudo quanto a Bíblia ensina sobre a simplicidade da salvação. A Bíblia em ponto nenhum coloca o batismo como integrante desse maravilhoso acontecimento. Por que, então, ela frisa este versículo como parte essencial no processo de salvação juntamente com a fé? A resposta é que este batismo não é o nosso conhecido batismo nas águas, e sim o batismo no corpo de Cristo. Vamos esclarecer um pouco mais esta questão. Batismo significa no original grego"imersão". Antes de seguirmos a Cristo estávamos afastados de Deus e longe da vida eterna.
Contudo, quando nos arrependemos,cremos em Cristo como o único caminho para Deus, fomos "imersos" na vida eterna. Passamos então a fazer parte de um só corpo,o corpo de Cristo, que é a igreja.
Veja o que Paulo nos diz: "Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito." (1Co 12:13). Ou seja, por este "batismo" fomos imersos num só corpo espiritual, fomos "batizados no corpo de Cristo". Este é,sem dúvida, um "batismo espiritual", invisível, que acontece no exato momento da conversão, fazendo com que "...quem crer e for batizado será salvo" (Mc16:16). Este batismo nos insere, nos batiza na vida eterna. A partir desse momento a vida que recebemos não é nossa, é a vida de Deus. Esta "imersão" na vida eterna, na vida de Deus, é o "batismo" no corpo de Cristo, o momento em que passamos a desfrutar da vida eterna. Precisamos entender também que muitos crêem, mas não são "batizados no corpo de Cristo",pois crêem sem se arrepender. Aceitam a idéia da salvação, reconhecem que estão errados, mas não se arrependem (não mudam). Então crêem, mas não se salvam de sua condenação.Arrependimento é uma ação, uma atitude do pecador contra o pecado, mudando sua forma de pensar,que conseqüentemente o leva a uma nova forma de agir. O arrependimento é que é essencial à salvação. Pedro foi muito claro em afirmar:"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados". (At 3:19).

Nossa circuncisão espiritual

Muita gente confundia isso. Criam que bastava o batismo nas águas após acrença na promessa, para que já tivessem garantido seu passaporte para o céu!Mas Paulo sabiamente explicou que: "Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus". (Rm 2:29). Em outras palavras, Paulo queria mostrar-lhes que o batismo que salva é o espiritual, não o físico. Por isso ele exorta os irmãos de Filipos aterem cuidado com os da "falsa circuncisão" (Fp 3:2,3).

Ele nos faz andar em novidade de vida

Esta união espiritual é feita quando somos imersos (batizados) em Cristo. "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois,sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição". (Rm6:3-5). Muitos têm dificuldade em entender este batismo, pois entendem que Romanos 6 se refere ao batismo nas águas, quando de fato não o é . A questão é mais de entendimento do significado original (como vimos até aqui) do que de doutrina bíblica. Veja bem, a Bíblia é muito clara ao afirmar que a justificação é efetuada pela fé.
A reforma protestante inclusive teve seu braço de apoio no texto: "O justo viverá pela fé" (Rm 1:17). Ainda em Romanos lemos: "Justificados, pois,mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". (Rm 5:1). No capítulo seguinte Paulo continua desenvolvendo o mesmo raciocínio(justificação), escrevendo: "Ou,porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo..." (Rm 6:3-4a). Este batismo que nos libertou do pecado, é o das águas? Mas ele não escreveu que fomos justificados pela fé? Paulo especifica: fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte. Portanto, é um batismo que ocorreu uma só vez (sacrifício único e perfeito), e cujos benefícios espirituais nos alcançam(a justificação) quando entregamos nossas vidas a Ele. Tanto este batismo de Rm 6 é o batismo espiritual no corpo de Cristo, e não das águas, que Paulo continua dizendo: " Porquanto quem morreu está justificado do pecado" (Rm 6:7). A justificação ocorre no batismo nas águas? Não, ocorre no momento da conversão. Portanto, o "batismo espiritual" (não o ato físico) traz a justificação do pecador. Dizer que o batismo nas águas nos justifica do pecado é retornar do cristianismo da graça à lei. Jesus não instituiu o batismo nas águas como um momento litúrgico, mágico ou legalista, mas como expressão do momento gerado quando da efetivação da expiação dos pecados: a fé. Lembre-seque o cristianismo abriu os olhos dos cristãos judeus para que não aceitassem mais a circuncisão (At 15:6ss), por ser a verdadeira circuncisão a que é do coração e não a da carne.

Porque é chamado de batismo no corpo de Cristo?

O batismo da salvação também é chamado de batismo no corpo de Cristo, pois somos "...filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes". (Gl 3:26,27).

{mospagebreak}

O batismo nas águas

O cristianismo verdadeiro não é uma religião ritualista; a essência do cristianismo é o contato direto do homem com Deus, por meio do espírito. Portanto,não existe uma ordem dogmática, litúrgica e inflexível para cultuá-lo, pelo contrário, deve haver liberdade para adotar o método que lhe seja mais adequado para expressar a sua nova vida. Apesar disso, existem duas cerimônias que são essenciais e que devem ser mantidas por serem divinamente ordenadas: o batismo nas águas e a Santa Ceia, descritas como"ordenanças", porque foram ordenadas pelo próprio Senhor.

O batismo de João Batista

Israel já se acostumara com as liturgias, e se limitava às cerimônias como a circuncisão, o batismo de prosélitos, os rituais de purificação, para pensar que estava bem com Deus. Até que surgiu João Batista no deserto, pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados (Mc1:1-5). João pregava a respeito daquilo que fazia com que Deus perdoasse e purificasse o pecado do ser humano, o arrependimento.
E somente após as pessoas se arrependerem (e conseqüentemente ficarem purificadas), as batizava nas águas como um sinal desta purificação. Em Mt 3:7,8 João deixou bem claro que o batismo não é um ato formal,pois para alguém ser batizado tem que provar que produz frutos dignos de arrependimento. O batismo de João – uma novidade entre os judeus - foi uma "ponte" entre a Antiga e a Nova Aliança.

O que é o batismo nas águas?

Declaração pública (confissão) de uma nova vida

Jesus, poucos dias antes d o Pentecostes, estava com os discípulos e fez uma declaração importantíssima (Mt28:18-20). Portanto Jesus nos deixou ordens para praticar dois memoriais para que a igreja os conserve até o dia em que ele volte. Ele não somente disseque o batismo nas águas deveria se tornar uma prática comum entre seus discípulos, como lhes deu autoridade, em nome da TRINDADE, para fazê-lo. Em outras palavras, o batismo nas águas não é um rito, mas uma ordenança dada diretamente por Jesus. O batismo nas águas é uma posição pública e visível da fé em Cristo, da nova criatura em que nos tornamos.

Batismo: Causa ou conseqüência do arrependimento?

Entendendo isso é que podemos compreender a pregação de Pedro, quando disse no discurso do pentecostes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo". (At2:38). Neste texto há uma interligação do batismo no corpo (Arrependei-vos) com o batismo nas águas (seja batizado). Aparentemente ele nos fornece a interpretação de que temos que ser batizados nas águas (pois o contexto aqui é batismo nas águas, tanto que após a pregação foram batizadas quase três mil pessoas) para que sejamos salvos. Mas preste muita atenção: A Bíblia não se conflita com a própria Bíblia! Então vamos dar uma olhada no original grego da palavra que condiciona a salvação ao batismo: "para" (seja batizado...para remissão dos pecados). Esta palavra traduzida do grego é na verdade uma locução prepositiva,cuja tradução mais fiel seria "em razão de" ou "por causa de." Sendo assim a frase "seja batizado...para remissão dos pecados" ficaria mais correta em seu sentido se enunciada da seguinte maneira: "seja batizado...EM RAZÃO DA remissão dos pecados".
Em outras palavras: Pedro não colocou o batismo nas águas como condição para salvação, e sim como conseqüência da salvação. Como lembra H. Harvey, " a única condição para a salvação apresentada no Novo Testamento é a fé pessoal em Cristo - uma condição espiritual e não formal".
Para lembrar o que já dissemos algumas páginas atrás e observar o que o batismo nas águas simboliza, leia Rm 6:4,11.
Também é importante frisar que o batismo nas águas não é apenas uma simbologia do batismo no corpo, mas é também uma declaração de fé em Jesus Cristo. Se você crê, você deve se batizar, pois dessa maneira você declara à igreja sua fé em Jesus Cristo,obedece a seu mandamento e confirma publicamente sua "imersão" (batismo) no corpo de Cristo, tornando-se assim um membro da igreja de Jesus Cristo na terra.

Formado batismo

Batismo por imersão - É bom que nos lembremos que esta palavra (imersão) no grego, literalmente significa "baptizo" - imergir. E tentar mudar o significado dessa palavra - imergir - é uma violência contra a língua e contra a história do termo. Vejamos o que a Bíblia fala sobre isso,analisando os versículos:
  • Mateus relata em seu evangelho que muitas pessoas iam até o Jordão (Mt 3:5,6). Por que havia necessidade de se entrar na água e dela sair, e com cautela, visto se tratar de um rio como o Jordão,quando o batismo poderia ser por aspersão, bastando para isso apenas um copo de água? A razão é que o batismo significa imersão e representa o ato de "lavar os pecados".
  • O próprio Cristo se dirigiu ao rio Jordão para ser batizado pelo seu primo João Batista (Mt 3:13-17). Observe que Jesus entrou na água e dela saiu.
  • O batismo por imersão era tão necessário que João só batizava onde havia muitas águas (Jo3:23).

Batismo em nome da Trindade

Jesus deixou o padrão de como devemos batizar (Mt 28:19). Esta é a forma bíblica pela qual devemos ministrar o batismo. Não se deve batizar em nome de Jesus, como alguns fazem, e sim no nome das três pessoas da Trindade. As declarações batismais do livro de Atos (At 2:38/8:16/10:48/19:5) não são fórmulas de batismo, mesmo porque são diferentes entre si. Citavam isoladamente o nome de Jesus para dizer que era o batismo cristão (de Cristo) e não o batismo judeu de prosélitos, de João Batista (At 19:3), de Paulo (1Co 1:15) ou de qualquer outro. Devemos batizar sob a ordenança de Jesus, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Condições para ser batizado

O Arrependimento e Fé
Analisando novamente a frase de Pedro no discurso do Pentecostes, vemos o que é necessário para que alguém seja batizado nas águas (At 2:38).
Nesse texto vemos que a ordem de Jesus estava sendo cumprida por seus discípulos, e que a única condição que havia para alguém ser batizado nas águas era a de que se arrependesse , o que demonstra a fé que a pessoa tem.Ou seja, só após alguém ser salvo é que pode ser batizado. Batismo é para os salvos e não para salvação.
Após o discurso de Pedro, veja o que aconteceu At 2:41. Portanto fica claro que o batismo é posterior à fé em Jesus Cristo. Vejamos outros exemplos:
Paulo diz que Lídia o "escutava" e o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois foi batizada, ela e toda a sua casa (At 16:13-15). Aqui observamos dois fatos. O primeiro é que o Espírito Santo é quem convence o homem de sua condição perante Deus. O segundo é que depois de arrepender-se, o certo é o crente ser batizado. Na conversão do carcereiro em At 16:27-34 diante de Paulo e Silas ele perguntou:"senhores, que devo fazer para ser salvo?... a seguir, foi ele batizado, e todos os seus..." Neste texto aprendemos outra verdade a respeito do batismo nas águas: na mesma noite em que o carcereiro e sua família se converteram eles foram batizados. O mesmo aconteceu com o eunuco, que foi batizado assim que se converteu (At 8). O que entendemos nesses textos é que o batismo pode ser imediato (logicamente após apessoa demonstrar fruto de arrependimento), na mesma hora e na primeira oportunidade. Apesar de não ser uma regra, o texto é claro quanto essa possibilidade.

{mospagebreak}

Dúvidas quanto ao batismo nas águas

Pessoas podem ser batizadas sem serem salvas?

Será que alguém pode ser batizado sem estar salvo? A resposta infelizmente é sim, pois as aparências enganam. Muitos aceitam o evangelho com alguma segunda intenção ou sem que haja acontecido um genuíno arrependimento;continuam pensando e agindo da mesma maneira, pois não houve na verdade uma "rendição" a Cristo. Este foi o caso de um mágico de Samaria chamado Simão. Quando viu que Felipe,pelo poder de Deus, exercia milagres, ele creu, e a Bíblia diz que "o próprio Simão abraçou a fé e tendo sido batizado..."(At 8:13). Ele creu, mas não se arrependeu de seus pecados. O crer é visível, mediante uma declaração da pessoa. Quanto ao arrepender-se, somente Deus tem conhecimento, pois é algo interior. A crença de Simão enganou Felipe, que o batizou, mas os "frutos de arrependimento" não apareceram. Tanto que Pedro lhe disse "Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus...."(At 8:21,22).
Em outras palavras: não basta crer; a pessoa deve apresentar frutos dignos de arrependimento. Esses frutos são um testemunho claro da fé em Jesus, para que apessoa seja batizada, pois sem o batismo estaria representando algo que não aconteceu na vida dela.

E o batismo de crianças?

Ficou bem claro que para que alguém seja batizado nas águas deve haver arrependimento e fé (Mc 1:4,5), essas são as condições essenciais para que haja o batismo nas águas. O batismo de crianças não somente é inválido, como é vetado a elas. Raramente uma criança tem condições de se arrepender de seus pecados contra Deus e ter fé no evangelho regenerador de Cristo.
Então a partir de que idade devem ser batizados? Bem,o mais sensato é perguntar ao candidato por que quer se batizar e verificar se o faz com a consciência de que está arrependido de seus pecados. O arrependimento precede o batismo. Se há arrependimento, pode haver batismo. A idade em que uma criança se torna consciente para este ato deve ser medida principalmente pelos pais, e o pastor pode servir de orientador para trazer luz à questão e orientar o candidato.

O batismo é um sacramento?

A palavra de Deus, quando ensina a respeito de salvação, expõe desde a situação natural do homem perante Deus até o novo nascimento. Explica sobre o motivo de Deus querer salvar o homem, o plano de salvação, a expiação, a redenção e, especificamente, as condições para que alguém possa ser salvo:arrependimento e fé. Em nenhum momento se fala que o batismo nas águas é uma condição para a salvação, nem tem participação alguma nesse ato. O batismo não tem valor sacramental, ou seja, a água não transmite graça, nem santifica o objeto deste ato.

O batismo é para os salvos?

A posição de Paulo e dos demais apóstolos era claramente não-sacramentalista. Tanto era assim que Paulo disse aos coríntios que só fez três batismos naquela região (1Co 1:14-17). Por que razão era missão de Paulo pregar o evangelho, e não batizar? Porque o batismo não salva nem purificação homem de seus pecados. Somente a pregação do evangelho é capaz de fazer com que o homem,mediante a convicção de falta perante Deus, se arrependa e creia que o sacrifício de Jesus é a única forma de resgate já pago a Deus para libertá-lo e salvá-lo. O que Paulo dizia é que,afinal de contas, o batismo é para os que já foram salvos! Ou seja, primeiro a pessoa é salva; depois, como testemunho público da sua fé e representando seu batismo no corpo de Cristo, aí sim ela é batizada.

A água é símbolo e não meio

Infelizmente há pessoas que pensam que ao emergirem das águas batismais saem delas purificadas, como se a água fosse um meio de a graça de Deus lhes ser transmitida. Não. A água é símbolo, não meio! O batismo nas águas não garante deforma alguma que todos os que são batizados são possuidores das realidades por ele simbolizadas.
Paulo utiliza um fato da história de Israel para esclarecer este ensino (1Co 10:1,2,5,12). Veja que Israel atravessou o mar vermelho (foi batizado), mas logo depois caiu em idolatria. Neste exemplo ele mostrou que o batismo ocorrido não operou mudança no povo. É por isso que quando escreveu aos romanos foi tão claro: o que vale é o que está no interior, e não o que é exteriorizado. Haver sido circuncidado ou batizado nas águas (físico/visível), não significa muita coisa em se tratando de salvação e santidade (Rm 2:28,29).

Porque devemos ser batizados nas águas?

  • Como já foi visto, o batismo foi ordenado por Jesus a ser feito por seus discípulos. Se somente houvesse isto já seria suficiente para que o fizéssemos, caso queiramos ser seus discípulos.
  • Mas - perguntariam alguns - se o batismo nas águas não é um ato que gera vida espiritual na pessoa (regeneração), e só vive para Deus aquele que morreu e foi sepultado para o mundo, para que serve o batismo, uma vez que o "fato" já foi realizado? Imagine se Abraão ao ouvir de Deus que a circuncisão era um sinal da Aliança, fizesse a mesma indagação para Deus:"Senhor para que cortar um pedaço da minha pele? Vai me machucar!". Não temos dúvidas que o caso dele foi mais doloroso, mas Abraão entendia, como os judeus hoje entendem, que se trata de uma identificação pública, o sinal de um compromisso com Deus.
  • Representa - explicando aos que não entendem e relembrando aos que entendem - que morremos para o nosso passado distante de Deus, agora não existindo mais sobre nós as culpas anteriores, tendo sido feito novo. Isto é que é a novidade de vida. O ato do batismo nas águas simboliza-se como declaração pública de fé, a morte e sepultamento da velha vida e a ressurreição para uma nova vida.
"O batismo nas águas por imersão é mais do que um testemunho público da nossa fé. Ele representa um ato de obediência. E a Palavra de Deus nos ensina que a obediência aos preceitos de Deus é melhor do que qualquer esforço humano".

O que é meditar?

Meditar - Ponderar, Considerar, Pensar, Refletir.
Muitas pessoas e médicos recomendam a meditação. Aliás, os orientais fazem dela um hábito constante. No entanto devemos tomar cuidado, pois a meditação que a bíblia nos recomenda não é para nos trazer um esvaziamento de mente e coração, pelo contrário, ela nos leva a enchermos nossas mentes com a mente de Deus.
Benefícios da meditação
Meditar significa pensar, refletir, imaginar, ponderar, considerar algo. A meditação é um tempo para explorar a mente daquele que amamos, para descobrirmos como ele pensa, o que ele quer, e o que ele vai fazer. Quando começarmos a nos dar mais a meditação ficaremos surpresos sobre como o senhor nos falará, pois nossa agitação e nossas ocupações do dia-a-dia são inimigos da quietude, do silêncio e do tempo com deus para ouvirmos sua voz. Os salmistas falavam com frequência sobre meditar no senhor (Sl 1.2;19.4;27.4; 39.3;63.6;77.3;119.15;143.5;145.5). A palavra de Deus é a porta para a mente de deus e a meditação é a passagem principal para as salas cheias dos tesouros de Deus. A meditação é o ponto de encontro com Deus, e por isso, podemos esperar revelações, crescimento, estímulo, poder e visão para a guerra espiritual, nosso testemunho etc. (1Co 2.11-16).
Dicas para meditação bíblica
1 - Você precisa ter o seu próprio lugar para estar com Deus
Seja no quarto, sala, espaço. Você precisa entender que deus vai ao seu encontro onde você estiver. Isaque ia para o campo (Gn 24.63) Jesus ia para lugares desertos (Mc 1.35).
2 - É aconselhável o silêncio
Qualquer lugar longe da agitação, do falatório da família, do telefone, da televisão. Você precisa descobrir um lugar e um horário que seja melhor para que não possa atrapalhar sua meditação.
3 - Você precisa de autodisciplina
Para visitar seu lugar secreto todos os dias, você precisará de muita disciplina e perseverança. Seria bom anotar suas meditações e conclusões para guardar como memória. Não se esqueça de orar e pedir ao senhor que fale contigo.
4 - Trace um caminho a seguir
Leia a bíblia com devoção, pedindo a deus um caminho a seguir, um texto pelo qual você encontrará um caminho a seguir. A partir daí você poderá trilhar com segurança, e deus vai lhe mostrando e lhe revelando o que for necessário. O profeta Jeremias comeu suas palavras (Jr 15.16).
5 - Faça tudo com calma
Meditação só é praticada com calma, muita calma. Não tenha pressa. Comece a examinar a passagem que está lendo frase por frase, usando sua capacidade de imaginação para pensar, ver, ouvir, cheirar, tocar e até provar o que estiver acontecendo nas palavras. Depois ouça os pensamentos criativos e explicações exclusivas do espírito santo.
Propósitos da meditação
1 - Bendizer a Deus - Davi desejava que as palavras de sua boca e a meditação do seu coração fossem agradáveis ao Senhor (Sl 19.14).
2 - Aprender a obedecer a Deus - Josué foi instruído por Deus a meditar para aprender a obedecer, para fazer tudo de acordo com a vontade de Deus (Js 1.8).
3 - Nos fazer prosperar - tanto o salmo 1, quanto Josué (1.8) nos mostram isso.
4 - Progredir ministerialmente - Paulo instrui a Timóteo sobre isso (1Tm 4.15).
5 - Nos encher da palavra de Deus - (Cl 3.16).
Teste de meditação: medite no texto abaixo, escrevendo tudo o que você refletiu, e fazendo suas colocações pessoais sobre aquilo no qual se espelhou.
***aprendendo a meditar (Jó 23.10-12)***

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Deus está dentro ou fora do seu coração?



O vencedor é aquele que pratica a Palavra de Deus até o fim



O Senhor Jesus quer recuperar os perdidos, mas eles precisam querer ser recuperados. Caso contrário, Deus não poderá fazer nada! O Senhor diz ainda:
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.". Apocalipse 3.20-22
No desfecho desta carta, o Senhor Jesus Se apresenta para a igreja corrupta como quem está do lado de fora. Como pode o Senhor da Igreja estar do lado de fora? Isto é possível?
Não só foi possível como também tem sido nos dias de hoje. É claro que nenhuma igreja vai se admitir nesta situação. Entretanto, tem acontecido em muitas delas! Desgraçadamente este é o quadro da Igreja do nosso Senhor hoje! Por isso, a igreja em Laodiceia profeticamente é a Igreja dos últimos dias.

Muitos estão dentro das igrejas como frequentadores, membros ou obreiros; outros fazem parte do coral ou têm alguma função dentro da igreja, mas ainda assim o Senhor Jesus permanece do lado de fora de suas vidas.
Trabalham com o desejo profundo de serem úteis ao Senhor, mas há muito O expulsaram do seus corações. O seu comportamento mostra quão nocivos têm sido à causa do Senhor, pois o seu mau testemunho tem bloqueado a entrada de outras pessoas no Reino de Deus.
O final de cada carta às sete igrejas registra uma promessa ao vencedor. É vencedor aquele que humildemente ouve e pratica a Palavra de Deus, custe o que custar, e não aquele que só faz parte ativa de uma igreja.
Os demônios têm feito muitas pessoas se iludirem com esse tipo de cristianismo, pois elas pensam que a salvação lhes está garantida pelo fato de fazerem algum trabalho na igreja.
Ora, os bispos não têm a salvação garantida, nem os pastores, nem os obreiros, nem os membros! A salvação precisa ser conquistada a cada momento da vida!
Como? Observando e praticando a Palavra de Deus! Portanto, o vencedor é aquele que se mantém praticante da Palavra de Deus até o fim!
Se você deseja ter a direção do Espírito Santo para praticar a vontade de Deus, participe do Jejum de Daniel. Procure um Cenáculo da IURD e saiba mais sobre o assunto.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ouvir pode mudar a sua vida

Ouvir pode mudar a sua vida
Jeremias 7.24
Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante.
INTRODUÇÃO
Ao iniciarmos esta reflexão seria de suma importância trazermos à tona a diferença entre ouvir e escutar. Ouvir está mais ligado ao sentido da audição, muito embora, nos dicionários, possua o significado de “ escutar o discurso, as razões, os conselhos”, podemos afirmar que o ouvir é mais superficial que o escutar, já que escutar está mais ligado “a prestar atenção para ouvir, ou ainda, tornar-se mais atento”, ou seja, para escutar faz-se necessário a utilização de uma função específica, prestar atenção, ou seja, é preciso ouvidos mais apurados, isto é, para escutar, você, primeiro, precisa ouvir, entretanto a recíproca não é verdadeira, o que leva aquele ditado popular “ entrou por um ouvido e saiu pelo outro”.
POR QUE AS PESSOAS NÃO OUVEM?
Se olharmos o texto, ele fala em “dureza do seu coração maligno”. Uma pessoa somente é atingida, quando o seu coração é tocado. Se a palavra, o conselho, o pedido, ou seja, qualquer coisa não chegar ao coração de uma pessoa, nada acontecerá. E como se chegar ao coração de alguém que nem ouve, quanto mais escutar?
E por que as pessoas não ouvem? Algumas pessoas não ouvem porque estão “surdas”. Não com deficiência auditiva, mas com o coração tão duro, tão arrogante, tão senhores da situação, que não conseguem ouvir ninguém à sua volta. Estas pessoas são as donas da verdade, sabem tudo, conhecem tudo e falar com elas é perda de tempo. Vocês querem um exemplo? Vocês já viram aquele casal que briga o tempo todo, não se entendem, se ofendem, já não se respeitam , ou seja, todo mundo está vendo que não dará certo, porém eles teimam em continuar, não ouvem, estão com os ouvidos blindados. Acham que casando as coisas mudarão, acham que tendo um filho as coisas se ajeitarão.
Vocês já viram aquele jovem que está andando com as companhias erradas, fazendo coisas erradas, levando uma vida sem sentido, que os pais chamam, conversam, pedem e nada muda. São chamados de caretas, trogloditas, não sabem nada. Estes também estão surdos. E o interessante é que quando este jovem chega aos 30 anos fica impressionado como os pais aprenderam tão rápido a respeito das coisas.
Estas pessoas estão “surdas”, as primeiras apaixonadas, acostumadas, não sei bem, as segundas são reféns da inexperiência, estão naquela idade que acham que sabem de tudo e sabem muito pouco, porém, o certo é que não conseguem ouvir. E não ouvindo, jamais escutarão.
Porém, existe uma outra classe de pessoas ,aquelas que não querem ouvir. Estas pessoas sabem o que estão fazendo, sabem que precisam mudar, vivem num eterno conflito, mas não dão o passo em direção à mudança. Eu não sei se por acomodação, se por covardia, se chegaram a um ponto que acham que não podem retornar, mas “ preferem andar dentro de seus “próprios conselhos”, mesmo sabendo que estão erradas. E se não querem ouvir, como escutarão.
Se formos graduar as duas classes, é claro que a segunda está mais errada que a primeira, já que uma está agindo por impulso, por emoção, ou seja, não consegue nem ouvir, porém a outra sabe o que está acontecendo, sabem que não devem continuar, porém, por algum motivo, continuam, não querem ouvir.
AS CONSEQUÊNCIAS DE NÃO OUVIR
O certo é que, tanto um grupo quanto o outro, infelizmente, sofrerão as conseqüências destes posicionamentos. Sim, porque somos reféns de nossas escolhas, as nossas escolhas determinam o nosso futuro.
Podemos encontrar um exemplo do que estamos falando no capítulo 4 do livro de Gênesis, versículos de 1 a 7, onde encontramos uma história por demais conhecida.
Caim e seu irmão Abel trazem ofertas ao Senhor, e diz a Palavra que o Senhor atentou para a oferta de Abel e para a de Caim não atentou.
Gostaríamos de comentar algumas emoções sentidas por Caim a partir deste acontecimento:
Ciúme, ira, a ponto de o seu semblante demonstrar isto; cresceu dentro dele o desejo de vingança; tornou-se um assassino;
Outro exemplo que podemos citar está no Livro de Jonas capítulo 1, versículos de 1 a 12. Jonas ouviu o que o Senhor falou com ele, disse-lhe para ir a cidade de Nínive, mas ele preferiu não ouvir, resolveu fugir para a cidade de Tarsis, achou que podia se esconder de Deus, pegou um navio em Jopes. Acabou sendo lançado ao mar, a história, também, nós conhecemos muito bem.
Caim estava surdo, totalmente tomado pela emoção, Jonas não, preferiu não ouvir, mas o que é importante é que os dois sofreram as conseqüências dos seus atos. Por motivos diferentes, não ouviram e pagaram um preço por isto.
PASSAR A OUVIR PODE MUDAR A SUA VIDA
Onde estamos querendo chegar? O que estamos tentando dizer? Estamos querendo dizer que se você se der a oportunidade de ouvir, você conseguirá escutar e escutando você pode mudar a sua vida. As vezes alguém, com uma simples observação, uma simples palavra pode mudar o seu destino. Mas para isto você tem de estar com o coração aberto. Você precisa permitir que o que foi dito a você saia do seu intelecto e desça ao seu coração.
Muitas vezes as pessoas vão à igreja, ouvem a Palavra, entendem, percebem que é com elas que Deus falou, e nada acontece. Sabem por que? Porque a palavra não chega ao coração, fica somente no entendimento.
Se procurarmos na Palavra encontraremos diversos versículos que tratam do ouvir, da necessidade de ouvir, que é bom ouvir, mas separamos apenas um, que está em Provérbios 19.20, que diz assim: “ Ouve o conselho, e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias”.
Se você ouvir o conselho, prestar atenção para escutar, raciocinar em cima daquilo que foi dito, ponderar, abrir o coração, tiver a humildade de mudar se estiver errado, acertar o rumo através do que escutou, a sua vida mudará. Você estará permitindo que a sabedoria entre na sua vida.
Agora se você ficar com o coração endurecido, na posição que você entende que é a correta, não tiver a humildade de ouvir, acabará mal. Andará para trás e não para diante.

A forte chuva


Já passava das 14h, ainda assim, havia várias pessoas no restaurante. Bete e Carla estavam almoçando quando ouviram um grande barulho de chuva. Minutos depois, as duas pediram a conta, mas ficaram impossibilitadas de sair do estabelecimento. A chuva caía forte demais.
Enquanto aguardavam, as amigas observavam o movimento da rua. Não muitos carros passavam, muito menos pedestres. No entanto, perceberam dois homens negros andando de um lado a outro da rua. Um deles vestia uma bermuda jeans surrada, uma camiseta simples de malha branca e chinelos, e o outro uma calça jeans também surrada, uma camiseta de malha escura e tênis.
Bete e Carla viram aqueles homens e logo ficaram apreensivas. “Devem ser assaltantes”, uma delas pensou.
A chuva, a cada minuto, aumentava mais, e o barulho que a água fazia na telha da casa ao lado impedia as pessoas de conversarem mais confortavelmente. O céu estava escuro, apesar de o ponteiro que marca as horas do relógio não ter ainda chegado ao número 15.
De repente, aqueles homens pararam de passar pela frente do lugar e, com a metade do corpo molhada, entraram pela primeira porta do estabelecimento, que separava o pátio da calçada da rua. Bete, Carla e alguns clientes que aguardavam o temporal passar, ficaram aparentemente receosos. Os homens andavam devagar e demonstravam que queriam entrar, mas ficaram lá fora.
Um deles olhava para dentro, esticava o pescoço, movia a cabeça para o lado, cochichava alguma coisa com o outro... Duas mulheres muito bem vestidas, que conversavam próximo à porta de vidro, pararam de falar e olharam cismadas para eles. Elas deram dois passos para trás e ali ficaram, mantendo distância daqueles “invasores”.
Já a chuva não dava trégua. Por essa razão ou não, um dos homens saiu correndo para a rua. No interior do restaurante, os clientes observavam atentos o possível próximo passo que os homens dariam.
– Será que são assaltantes?
– O que será que eles querem?
Bete e Carla se perguntavam preocupadas.

Como o homem não saía dali, o proprietário veio lhe falar. Abriu a porta e, somente com a cabeça do lado de fora, perguntou alguma coisa a ele. Não dava para ouvir a conversa, mas, segundos depois fechou a porta. E o homem de bermuda permaneceu do lado de fora, encostado à parede.
A preocupação só fez aumentar. “Seria um engano? O que será que este homem está armando?” Alguns clientes se entreolhavam em um grande clima de suspense.
Bastaram apenas poucos minutos, e o homem ficou completamente molhado. Apoiado à parede, uma das mãos na cintura, olhava longe, com a cabeça reclinada levemente para baixo. E a camisa branca, encharcada, mostrava explicitamente as costelas de um corpo muito magro. Ele não olhava para ninguém, tampouco erguia os olhos em direção ao salão, onde os clientes esperavam.
Momentos depois, um funcionário aparece carregando duas marmitas e entrega a ele. O homem agradece. É a primeira vez que as pessoas podem ver um breve sorriso em seu rosto.
Ele pega o alimento e sai correndo debaixo daquela forte chuva, capaz de molhar qualquer roupa, mas que não consegue lavar o preconceito.
Para refletir
Como lidamos com os nossos preconceitos? O que pensamos ao ver alguém mal vestido ou maltratado? Temos julgado as pessoas pela aparência? Deus nos dá uma lição muito grande, quando diz que o homem olha para o exterior, mas Ele, para o interior.
O nosso coração é enganoso. Ele nos faz cometer injustiças e pensar o mal do nosso semelhante.
Reflita sobre o seu interior e veja se tem sido justo consigo mesmo e com aquele a quem você, talvez, julgue inferior.

"Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental." Gênesis 25.5,6
O filho de Abraão sempre diz sim ao monte, o sobrinho sempre diz não.

O filho de Abraão segue a direção que vem do alto e se dispõe a obedecer, o sobrinho segue a direção do coração.
O filho de Abraão vive pela fé, o sobrinho vive pelas circunstâncias.
O filho de Abraão conquista e se estabelece, o sobrinho pode até conquistar, mas no fim perde tudo, inclusive sua família.
O filho de Abraão vive na Sombra do Altíssimo, o sobrinho vive na sombra dos outros.
O filho de Abraão vence, mesmo no deserto, o sobrinho fracassa, mesmo no melhor lugar.
O filho de Abraão sacrifica seus sonhos pelos de Deus, o sobrinho não abre mão de seus sonhos e acaba por tê-los em pesadelos.
"Ninguém há tão ousado, que se atreva a despertá-lo. Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim? Quem primeiro me deu alguma coisa, que eu lhe deva pagar? Tudo o que há debaixo dos céus me pertence." Jó 41.10,11
Abraão despertou a Deus, e Ele lhe deu tudo que havia debaixo do céu e, por fim, lhe deu o próprio céu, enquanto Ló perdeu o que havia conquistado e também perdeu sua família.
A nação dos filhos de Abraão é incontável como as estrelas do céu, enquanto a descendência do sobrinho Ló são apenas 2 povos, os Amonitas e Moabitas, nascidos de incestos cometidos pelas próprias filhas.
Já os filhos das concubinas até recebem presentes (algumas bênçãos alcançadas) que trazem alegria momentânea. Todavia, estão separados do que Deus tem prometido para os filhos de Abraão: SER A PRÓPRIA BÊNÇÃO!
Isso ocorre porque os filhos das concubinas não têm disposição para sacrificar e nem podem tomar posse da herança.
Já os filhos de Abraão não questionam o sacrifício, por ser algo natural.
“Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.” Gálatas 3.7
Em suma:
Os filhos de Abraão dizem SIM.
Os sobrinhos dizem NÃO.
Os filhos das concubinas nem são chamados, pois se contentam apenas com as migalhas deste mundo.
Quem você é?
FILHO DE ABRAÃO, SOBRINHO OU FILHO DA CONCUBINA?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os passos da multidão



Quando Katy me chamou para sair, imaginei que fosse para um passeio comum. Eram 6 horas da manhã, mas o dia já estava bastante claro. Saímos de casa, e estranhei quando dois vizinhos meus também se juntaram a nós.
Nós não conversávamos, não nos olhávamos, apenas seguíamos retos, como se nada pudesse tirar a nossa atenção. Eu achava muito estranho tudo aquilo. E pensava se apenas eu estava me sentindo incomodado.
Perguntei a eles:
– Ei, pessoal, o que vão fazer depois desse passeio? – tentei arrancar alguma coisa deles, mas nada me responderam.
De repente, olhei para trás e vi uma multidão andando como a gente. Muitos foram para o nosso lado e outros tomaram a nossa frente, como se quisessem chegar logo a algum lugar. Então eu percebi que aquela infinidade de gente, a qual eu nunca havia visto antes, na verdade não estava nos seguindo, mas nós a seguíamos. Todas aquelas pessoas estavam da mesma maneira, agindo da mesma forma. Era uma espécie de hipnose, eu acho, pois eu falava com um, falava com outro, e ninguém me dava ouvidos.
Por um momento, pensei que aquela gente fosse para algum show... Sei lá, de repente uma apresentação grátis de alguma banda famosa, ou uma partida de futebol...
No entanto, nada justificava tantas pessoas caminhando depressa daquele jeito, sem olhar em volta, sem falar, sem gesticular. Apenas eu ficava olhando para tudo ao meu redor, porém não conseguia ver para onde estávamos indo. A multidão encobria o meu campo de visão totalmente.
Sinceramente, comecei a ficar preocupado. Estávamos caminhando a passos largos havia horas por um caminho que eu desconhecia completamente. E o pior: não sabia a razão.
Foi quando eu disse que não queria mais participar daquilo, e tentei voltar. Meus amigos não moveram uma palha; não me impediram, ou simplesmente disseram alguma coisa... É claro, eles sabiam que era quase impossível alguém sair dali!
Pedia licença, mas cada pessoa que eu conseguia empurrar, parecia que se multiplicava em quatro ou cinco. Eles não me ouviam, não me deixavam sair. Ficavam com os olhos fixos para o chão e não falavam uma palavra, tampouco esboçavam alguma reação.
Olhei em volta para ver se via alguém na mesma situação que eu, e nada. Fiquei triste, quis chorar. Que situação era aquela? Por que aceitei aquele convite? Pensei que poderia estar feliz em qualquer lugar que não fosse ali. Acho que se eu fosse convocado para uma guerra repentina do meu país, me sentiria mais feliz do que ali; em qualquer lugar, menos ali, andando como um zumbi para um lugar que eu não sabia qual era.
E isso me trouxe um grande pavor.  Comecei a ficar sufocado, a pedir socorro, a gritar. O meu esforço, porém, era inútil. Aquela multidão me apertava, me comprimia, me trazia dor.
E ao mesmo tempo em que sentia essas reações, percebia algo ainda mais estranho acontecendo. Era como se a multidão, à minha frente, estivesse diminuindo, porém, ao invés de me sentir aliviado, isso me trazia ainda mais aperto e um pavor tão descontrolado que passei a ter uma grave falta de ar. Puxava a respiração, e o ar não estava ali, parecia se dissolver.
Comecei a suar frio, a ter vertigens, e a sensação de desmaio foi tão grande que eu pensei que não sobreviveria, caso caísse em meio a tantas pessoas que andavam rápido e sem parar. “Serei pisoteado”, eu pensei aos prantos.
Então, resolvi olhar para o céu. E enquanto andava, fiquei bons minutos olhando para aquela “pintura” azul-claro, destacada pela forte luz do sol. Voltei a puxar o ar, desta vez mais devagar, até que suavemente ele voltou. Foi com muita dificuldade, mas consegui respirar normalmente. E compreendi por que as pessoas olhavam para o chão. Porque ali não havia aquela luz.
Segundos depois, comecei a ser sacudido, como se fossem me derrubar, e vi as pessoas à minha volta caírem em mergulho profundo, em um lugar vazio e monstruoso.
Foi quando chegou a minha vez e consegui ouvir o grito silencioso daquela multidão, a sua expressão de angústia e o terrível mergulho para a morte.
Dei o meu último passo.
Porém clamei:
– Misericórdia!
Estava à beira do abismo.
Mas ali, fui salvo.

Para refletir
Muitos seguem os passos da multidão. A multidão procura influenciar as nossas vidas em todos os aspectos, tentando, assim, nos controlar. A multidão é tudo aquilo que ofusca a nossa visão para Aquele a quem devemos olhar. A multidão que nos fazer olhar para baixo, para não erguermos os olhos para a Luz. E o seu objetivo não é outro senão nos levar para o abismo.
Se você tem seguido a multidão e isso tem ofuscado a sua visão para o que realmente importa, ainda há chance de sair dela. E se acha que está à beira do abismo, no fundo do poço, clame a Deus, pois ali mesmo Ele vai lhe socorrer.

caminhando juntos


"A fé e os sonhos caminham juntos. Quanto mais objetivo você tiver, mais exercício de fé você vai se empenhar. E claro, o resultado é: Quanto mais desafios você declarar, mais fé Deus lhe acrescentará. Precisamos ser ousados e corajosos para falar o que queremos. Isso compromete a nossa fé e amplia o território. À medida que declaramos, seremos honrados na fé acrescentada." 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

"O portal da felicidade"



O lugar era deveras sombrio. Não havia água, não havia cor, não havia vida. Nenhuma folha. Nenhuma árvore. Nenhuma flor. O céu estava escuro e permanecia assim por todos os dias. Não era um cenário, era a morte em vida de Juliani.
Ela andava pelas ruas, porém não via nelas rostos de felicidade. Não encontrava um sentido. Uma razão. Não era apenas ela, mas todas as pessoas de sua cidade não encontravam nenhuma verdade para as suas vidas.
O ambiente era sempre estranho, assustador. O dia era como a noite. O sol não aparecia. Nuvens espessas cobriam o céu formando imensa escuridão. Os pássaros não voavam, os passarinhos não cantavam, nem faziam o seu ninho. As árvores secas e os galhos frágeis desprezavam as poucas folhas que ainda lhes restavam. Tudo estava cinzento. E o chão, rachado pelo calor, dava ao asfalto um tom de terra seca, de sertão e de deserto.
Juliani não se admirava daquela situação. Nem ela, tampouco os demais. Era como se todos vivessem acostumados àquela escuridão. Como se ninguém soubesse sobre uma possível opção. Como se ignorassem por completo a existência de alguma alternativa, alguma solução.
E por isso não havia sorrisos nos rostos. Não existia expressão de compaixão, de amor. A solidariedade já havia extinguido. Era um tempo difícil, de egoísmo e solidão. Pessoas juntas e desunidas em suas próprias causas. Olhares de desconfiança e rispidez. Gestos de desprezo e sentimentos angustiantes.
Era uma cidade que representava o mundo, a casa de cada habitante, a vida de cada pessoa.
Estavam todos condenados, e não sabiam a quê. Foram julgados por si mesmos, por seus pesadelos, por suas escolhas erradas e por suas atitudes do passado. E por isso viviam como zumbis. Mas não se apercebiam. Não compreendiam o que estava acontecendo. Seus corações estavam fechados. Suas mentes, trancadas, seus pensamentos poluídos, suas palavras contaminadas.
Juliani, no íntimo, desejou mudar. Pensou nas expectativas, nas perspectivas de uma vida sem esse sofrimento calado.
Até que um dia aconteceu.
Juliani, passando por uma rua assombrada, com aspecto de pântano, enfatizada com a fina neblina, desconhecia se era dia ou noite aquela atmosfera arredia. Ao final dela, viu uma luminosidade crescente, e pensou ser o sol: “O dia, finalmente apareceu!”, ela exclamou por dentro.
Ela se aproximou mais e percebeu uma porta, onde dizia: “Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.” A jovem nada entendeu. Nunca havia ouvido tal expressão. E com as mãos finas de veias aparentes, o rosto marcado por rugas dos raios do céu, empurrava com cuidado a porta fechada, que aos poucos se abria.
Juliani viu o sol, a luz, o caminho de ouro que a conduzia até o interior daquele lugar jamais visto. E que na beira formavam-se túneis de árvores verdes, e tão verdes como o musgo, com flores coloridas e radiantes, com frutos grandes e cheirosos. A natureza parecia rir pra ela. As flores davam boas-vindas àquela única pessoa que desejou o que todos desprezavam.
Era outro o ambiente, outra a atmosfera, outro o cheiro. E quando ela se olhou no reflexo da cristalina água, transparente e brilhosa como o diamante derretido, viu-se como há tempos não se via. Seus cabelos longos, de cachos firmes, sua pele rejuvenescida e uma alegria tão grande, que a fez esquecer completamente o pântano cinzento a pavoroso no qual vivia.
Para refletir
O Portal da felicidade é para todos, mas, infelizmente, são poucos os que entram por ele. Muitos se aproximam, mas desanimam no meio do caminho. Outros desistem por achar o caminho difícil e entram por outras portas.
Se você não conhece o Espírito Santo, é Ele quem transforma por inteiro a sua vida. Traz cor, alegria, luz e paz como jamais você pensaria que pudesse existir.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Anabolizante Espiritual

Anabolizante Espiritual


Pra quê tanta pressa? Querer ser uma árvorecom tantas folhas, mas sem nenhum fruto? Querer ser precocemente o mais forte, o melhor, o campeão?
Paulo diz -nos: “Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. I Co 9:27
João diz-nos: Convém que Ele cresça e eu diminua”. Jo 3:30
A parte de crescer, ser bem sucedido, ser promovido, ser o “chefe” a carne humana entende com bastante conforto, a confusão se instala quando o Espírito Santo propõe que devamos servir ao invés de ditar ordens, derrotar a carne como pré-requisito da qualificação eterna (ainda que aconteça pela Graça) e “diminuir” para crescer. O ser humano não sabe ganhar “perdendo”, não sabe que diminuir nem sempre é menos e que crescer nem sempre é mais.
Entretanto, movido pelo auto-engano, o ser humano presunçosamente pensa ter a capacidade de tomar atalhos para ser “forte”, achando que pode gerir o sobrenatural. Aliás, porque tanta ansiedade pelo sobrenatural se o natural já nos ocupa tanto? O sobrenatural pertence a Ele, o natural é o nosso “dever de casa”.
Suplementação alimentar não é a mesma coisa que anabolizante, e até mesmo a suplementação alimentar não prescinde o exercício físico. Precisamos nos “exercitar” ou seja, ter experiências com Deus, seguir o que nos diz o “Nutricionista Eterno”. Ter a paciência de viver um dia de cada vez, e de esperar a nossa vez.
Contemplamos atletas, queremos ser como eles, porém, sem ousar trilhar o mesmo caminho que eles. Queremos ser fortes, mas não queremos combater; queremos ser grandes, mas não queremos lutar; sermos grandes árvores, muitas folhas, mas sem nenhum fruto.
Que Ele cresça, e eu diminua
Andre Luiz