Devemos dar espaço ao justo juiz. Ele recompensa retamente. Só Ele julga com justiça.
Certa noite o Sr. John estava pregando sobre ofensa. Após o culto, uma senhora o abordou e disse:
_ Eu libertei meu marido de todo o mal que ele me causou, mas conforme ouvi o senhor falar sobre ofensas, percebi que ainda não tinha paz interior e estou me sentindo incomodada.
_ Você ainda não o perdoou, ele respondeu gentilmente.
_ Sim, perdoei. Chorei lágrimas de perdão.
_ Você pode ter chorado, mas ainda não o libertou.
_ O senhor está errado, pois o perdoei. Eu não quero nada dele, já o libertei.
_ Então conte-me o que ele lhe fez.
_ Meu marido e eu pastoreávamos uma igreja. Ele me deixou e a meus filhos, indo embora com uma mulher

Esse homem estava obviamente enganado e tinha causado um grande mal à esposa e a sua família. Ela havia sofrido muito com sua atitude e estava esperando que ele saldasse a dívida. A dívida não era pensão para os filhos ou coisa parecida, porque seu novo marido estava sustentando todos. A dívida que queria que pagasse era admitir que ele estava errado e ela certa.
_ Você não o perdoará até que ele venha e diga que estava errado, que foi tudo culpa dele, não sua, e então peça seu perdão. Este é o pagamento que não foi feito e que a mantém cativa, ele explicou.
Se Jesus tivesse esperado por nós para pedirmos desculpas, dizendo “Nós estávamos errados, o Senhor estava certo. Perdoe-nos” - Ele não nos teria perdoado na cruz.
Quando foi colocado nela, gritou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Nos perdoou antes que nos achegássemos a Ele confessando nossas ofensas. Somos exortados com as palavras do Apóstolo Paulo: “Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”. E, “antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4:32)
Quando Ele disse àquela senhora: _ “Você não o perdoará até que ele diga: 'Eu estava errado e você certa'”, lágrimas correram-lhe pelo rosto.
O que ela queria parecia mínimo em comparação com toda a dor que ele lhe havia trazido e a sua família. Mas ela estava cativa da justiça humana. Ela se colocou como juiz, exigindo seus direitos à divida e esperando pelo pagamento. Essa ofensa impediu seu relacionamento com seu atual marido. Afetou também todos os seus relacionamentos com a autoridade masculina, porque seu ex-marido havia sido seu pastor também.
Geralmente, Jesus compara a condição do nosso coração com o solo. Somos advertidos a nos arraigarmos e edificarmos no amor de Deus. A semente da Palavra de Deus forma raízes em nosso coração e cresce para produzir frutos de justiça. Esse fruto é amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, benignidade, bondade, fidelidade e domínio próprio (veja Gl 5:22,23).
Dica: O solo só produz o que é plantado. Se plantamos sementes de dívida, falta de perdão e ofensa, uma outra raiz surgirá no lugar do amor de Deus. É chamada raiz de amargura e a mesma podemos definir assim: " A amargura é a vingança que não foi executada", e é produzida quando a vingança não é satisfeita no grau que desejamos.

Você pode não ter feito nada para provocar o mal que lhe foi causado, através das mãos de alguém. Mas se contrastar o que foi feito a você com o que lhe foi perdoado, não há comparação. Se você acha que foi passado para trás, perdeu a noção da misericórdia que lhe foi estendida..
Baseado no livro A Isca de Satanás
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