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sábado, 9 de junho de 2012

Vingança: A armadilha!


Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens (Rm 12:17). 

Devemos dar espaço ao justo juiz. Ele recompensa retamente. Só Ele julga com justiça.

Certa noite o Sr. John estava pregando sobre ofensa. Após o culto, uma senhora o abordou e disse:
_ Eu libertei meu marido de todo o mal que ele me causou, mas conforme ouvi o senhor falar sobre ofensas, percebi que ainda não tinha paz interior e estou me sentindo incomodada.

_ Você ainda não o perdoou, ele respondeu gentilmente.

_ Sim, perdoei. Chorei lágrimas de perdão.

_ Você pode ter chorado, mas ainda não o libertou.

_ O senhor está errado, pois o perdoei. Eu não quero nada dele, já o libertei.

_ Então conte-me o que ele lhe fez.

_ Meu marido e eu pastoreávamos uma igreja. Ele me deixou e a meus filhos, indo embora com uma mulher

importante da igreja. Ele disse que não havia obedecido a Deus quando se casou comigo porque a perfeita vontade de Deus era que se casasse com aquela mulher com quem estava. Disse que ela era muito mais importante para seu ministério porque lhe dava muito mais apoio, que eu era impedimento.Colocou toda a culpa do rompimento sobre mim. Nunca voltou e admitiu que tinha culpa também.

Esse homem estava obviamente enganado e tinha causado um grande mal à esposa e a sua família. Ela havia sofrido muito com sua atitude e estava esperando que ele saldasse a dívida. A dívida não era pensão para os filhos ou coisa parecida, porque seu novo marido estava sustentando todos. A dívida que queria que pagasse era admitir que ele estava errado e ela certa. 

_ Você não o perdoará até que ele venha e diga que estava errado, que foi tudo culpa dele, não sua, e então peça seu perdão. Este é o pagamento que não foi feito e que a mantém cativa, ele explicou.

Se Jesus tivesse esperado por nós para pedirmos desculpas, dizendo “Nós estávamos errados, o Senhor estava certo. Perdoe-nos” - Ele não nos teria perdoado na cruz. 
Quando foi colocado nela, gritou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Nos perdoou antes que nos achegássemos a Ele confessando nossas ofensas. Somos exortados com as palavras do Apóstolo Paulo: “Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”. E, “antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4:32


Quando Ele disse àquela senhora: _ “Você não o perdoará até que ele diga:  'Eu estava errado e você certa'”, lágrimas correram-lhe pelo rosto.

O que ela queria parecia mínimo em comparação com toda a dor que ele lhe havia trazido e a sua família. Mas ela estava cativa da justiça humana. Ela se colocou como juiz, exigindo seus direitos à divida e esperando pelo pagamento. Essa ofensa impediu seu relacionamento com seu atual marido. Afetou também todos os seus relacionamentos com a autoridade masculina, porque seu ex-marido havia sido seu pastor também. 


Geralmente, Jesus compara a condição do nosso coração com o solo. Somos advertidos a nos arraigarmos e edificarmos no amor de Deus. A semente da Palavra de Deus forma raízes em nosso coração e cresce para produzir frutos de justiça. Esse fruto é amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, benignidade, bondade, fidelidade e domínio próprio (veja Gl 5:22,23). 

Dica: O solo só produz o que é plantado. Se plantamos sementes de dívida, falta de perdão e ofensa, uma outra raiz surgirá no lugar do amor de Deus. É chamada raiz de amargura e a mesma podemos definir assim: " A amargura é a vingança que não foi executada", e é produzida quando a vingança não é satisfeita no grau que desejamos.


Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o teu próximo? [...] Não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas (Tg 4:12; 5:9).






Você pode não ter feito nada para provocar o mal que lhe foi causado, através das mãos de alguém. Mas se contrastar o que foi feito a você com o que lhe foi perdoado, não há comparação. Se você acha que foi passado para trás, perdeu a noção da misericórdia que lhe foi estendida..

Baseado no livro A Isca de Satanás




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